quinta-feira, 3 de novembro de 2016

O Grupo Yalu da Rua da Moeda

O grupo abrilhanta as ruas do Recife Antigo com muita energia e musicalidade


Por Samuel Calado 



O grupo Yalu se preparando para mais um arrastão percussivo

Quem costuma frequentar as ruas do Recife Antigo nos finais de semana, sabe que é bastante comum encontrar diversos grupos percussivos tocando e movimentando as pessoas com o som contagiante das batucadas. A musicalidade dos ritmos afros aguçam os nossos sentidos, movimentam o corpo e a alma. Nesse contexto, basta ouvir um ou dois sons para identificar o ritmo que ele representa, como por exemplo, o som dos atabaques no Afoxé, do berimbau na capoeira e das alfaias no Maracatu.

Sede do Yalu
O Yalu, fundado em 1998, é um desses grupos que transborda as ruas do bairro do Recife Antigo com muita energia positiva arrastando multidões por onde passa. Ele trabalha por meio do viés social com o objetivo de difundir a cultura popular com ênfase para a musicalidadeSua sede está localizada na Rua da Moeda, no primeiro andar de um casarão situado frente à estátua de Chico Science, onde oferece oficinas de percussão e ritmos populares a preços acessíveis para todas as idades. Atualmente o espaço conta com cem pessoas matriculadas e possui um trabalho social muito importante com quatro comunidades diferentes, entre elas, a Comunidade do Pina.

O grupo nas ruas do Recife Antigo 


O percussionista Walter Araújo, professor e coordenador da escola Yalu, está à frente do grupo desde sua fundação. Com bastante comprometimento e profissionalismo, o jovem possibilita aprendizagem lúdica e prazerosa, mostrando que é possível trabalhar a identidade cultural e lutar contra o racismo por meio da música.  Ele disse que a instituição surgiu como um projeto social e se mantém assim desde então; explica também que o nome do grupo vem do dialeto Iorubá abrangendo um significado profundo de encontro entre o que você é como indivíduo e o que seu meio entende de você como indivíduo, "Aqui em nossa escola, temos muitos integrantes e suas várias religiões, ideologias de vida, visões políticas, filosofias sociais, mas a música do Yalu nos faz lembrar que somos todos iguais.", contou Walter. 

O Yalu tem uma forma diferenciada de trabalhar a percussividade, pois, ele une agrega os conhecimentos eruditos à dinamicidade das vivências dos mestres populares, possibilitando o estudo dos diversos seguimentos que compõem os nossos ritmos. 

O grupo nas ruas do Recife Antigo 

Basicamente o sistema do Yalu é colaborativo. Esta colaboração pode ser financeira (com um valor – que vai de zero/gratuito à oitenta reais), social (com um serviço), administrativa, e todas elas ainda podem se unir para ajudar e se adaptar as necessidades de todos os batuqueiros. A instituição possui total infraestrutura fazendo com o que o batuqueiro não precise ter qualquer instrumento ou conhecimento musical prévio. 


     Recentemente através da parceria com o Balé Afro Oxum Omim Neuá passou a oferecer também atividades de danças afro. Vale apena conferir esse “cantinho” super especial de conhecimento, musicalidade e união. 


Assista uma "palhinha" da aula sobre a evolução dos ritmos com o professor Walter no nosso canal! 





Saiba mais sobre o grupo clicando aqui

Nenhum comentário:

Postar um comentário